Nós do Lista Verde estamos sempre trazendo todas as notícias sobre a Cannabis Medicinal e todo o universo que ela se insere.

Dessa forma, não poderíamos deixar de falar um pouco sobre esse enorme movimento que vem tomando proporções cada vez maiores há 20 anos.

A primeira marcha da maconha aconteceu em 2002, na cidade do Rio de Janeiro. O movimento apoia a liberação da planta tanto para fins recreativos quanto para fins medicinais, mas não é só isso. A Marcha defende que a criminalização atenua a discriminação especialmente direcionada á negros e pobres. Além desses fatores, a manifestação também enfatiza que o tráfico de drogas é a principal causa de encarceramento de mulheres brasileiras atualmente. E estamos falando de 90% das mulheres encarceradas.

O início da luta

A primeira manifestação aconteceu em 2002, mas foi em 2007 que a identidade da Marcha começou a se formar de verdade. Em 2008 houve a tentativa de levar a manifestação para mais de 12 capitais, mas o movimento foi julgado criminoso pela justiça. A principal afirmação era de que a Marcha da Maconha fazia “apologia ás drogas”.

Essa opressão se manteve até 2011 e teve seu estopim marcado em São Paulo onde, durante uma manifestação, a polícia agiu de forma truculenta com os participantes. Esse acontecimento gerou atenção da mídia e fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF) tivesse que decidir, afinal de contas, sobre a natureza da Marcha da Maconha. Foi declarado que manifestações do tipo são retratos da liberdade de expressão, e não apologia ao crime.

Desde então, a Marcha tomou forma e tamanho, se espalhando pelo país. Hoje ela acontece em mais de 40 cidades, anualmente.

Apesar de , aqui no Brasil, essa história já contar com 20 anos de luta, as manifestações em prol da liberdade da planta acontecem há mais tempo ao redor do mundo. A mobilização teve início em 1998, encabeçada pelo ativista Dana Beal, no mês de maio. Desde então, o dia 7 foi estabelecido como a data mundial para as manifestações favoráveis ao uso da planta.

As outras pautas da Marcha da Maconha

Outra pauta ativamente levantada pelos participantes da Marcha da Maconha é a importância da liberação da Cannabis como produto medicinal. São destacados os benefícios mais do que comprovados para pessoas com câncer, fibromialgia, Alzheimer, epilepsia e outras doenças.

Além da questão da qualidade de vida das pessoas que vivem com doenças que poderiam ser tratadas com a Cannabis, é levantada também com frequência a questão da “guerra ao tráfico”. Os manifestantes defendem que invés de gastar dinheiro com essa guerra, praticamente sem resultado, poderíamos investir em pesquisas na área para beneficiar as pessoas que sofrem de condições crônicas.