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Apepi é a primeira fazenda legalizada para o cultivo de Cannabis Medicinal.

Apepi é a primeira fazenda legalizada para o cultivo de Cannabis Medicinal.

A Apepi é a primeira fazenda legalizada para o cultivo de Cannabis Medicinal e foi fundada em 2014, pela advogada Margarete Brito e o designer Marcos Lins Langenbach. Eles descobriram que a maconha poderia ser remédio para o controle das convulsões de sua filha, Sofia Langenbach. Então, decidiram lutar contra o que, até então, era considerado tráfico internacional de drogas. 

Cultivo de Cannabis para uso medicinal
Cultivo de Cannabis para uso medicinal

A Apepi é uma associação civil, privada, sem fins lucrativos e hoje conta com cerca de três mil associados. Afundação possui duas sedes: a administrativa localizada no Centro do Rio de Janeiro, e a Fazenda-laboratório, localizada na cidade de Paty de Alferes.

Como a Apepi é a primeira fazenda legalizada para o cultivo de Cannabis Medicinal, hoje, a missão da deles consiste em promover o acesso ao uso medicinal da cannabis, à pesquisa e aos canais informativos e educacionais. Seu maior objetivo é desmistificar e conscientizar a sociedade sobre os benefícios da Cannabis. 

A conquista 

Na sexta-feira  25/02/2022, às 23h53, saiu a sentença proferida pelo juiz federal Mario Victor Braga Pereira Francisco de Souza, da 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que declarou o direito da Apepi, (associação autora da ação) de realizar pesquisar, plantio, colheita, cultivo, manipulação, transporte, extração de óleo, o acondicionamento, a embalagem e a distribuição do extrato de canabidiol, oriundo de cannabis sativa, exclusivamente para fins medicinais e para destinação a pacientes associados a ela ou a dependentes destes que demonstrem a necessidade do uso do extrato.

Paty do Alferes

No fim de 2019, o casal adquiriu uma propriedade, em de Paty do Alferes para cultivar maconha suficiente para fornecer remédio para os 1.000 associados. A meta da Apepi é plantar 10.000 pés de maconha (cannabis). O potencial da fazenda é de 50.000 pés. 

Segundo Margarete, hoje, sua empresa investe na fazenda cerca de R $100.000,00 por mês. Nesses gastos estão incluídos material de construção para ampliação dos laboratórios, área de clonagem das melhores mudas de cannabis, mais a folha de pagamento. Toda maconha plantada em Paty é transformada em óleo no laboratório da fazenda, onde ele é extraído da cannabis.

Hoje o sonho da entidade e de seus fundadores é transformar os laboratórios da Apepi em um parque tecnológico para incentivo à pesquisa. Para Margarete, a produção do tomate e da maconha são muito semelhantes, principalmente quanto ao clima, à terra, à umidade, quantidade de sol, etc. “Queremos que a Apepi se torne um modelo a ser replicado no Brasil” disse a empresária.

Associados

Para se tornar um associado, a APEPI trabalha com metodologia de anuidade em formato de doação. O valor da anuidade é R$358,80 podendo ser parcelado em até 12x de R$29,90 no cartão. Segundo Marcos Langenbach, “quando as inscrições estão abertas, a entidade recebe cerca de 500 novos associados por mês. A pandemia da Covid-19 e o excesso de chuvas atrapalharam muito a produção da planta da cannabis e a produção do óleo em Paty“. 

Além dos associados, a APEPI também tem parcerias com grandes entidades da ciência como a Fiocruz, Unicamp, a Revivid e a Flower Mind. 

Rastreabilidade e Segurança 

Todas as plantas são rastreadas através de QR Code, que permite o acompanhamento e rastreabilidade do remédio dando segurança ao sistema. Toda a cadeia produtiva da semente da cannabis ao frasco de remédio tem que ser rastreável. Também nesse sistema, os associados são cadastrados e receitas e laudos são encaminhados para a área de pedido e dispensação do remédio, conforme a prescrição do médico.

Fontes:http://apepi.com/